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  • Foto do escritor: Maria Lígia Gomes
    Maria Lígia Gomes
  • 13 de jun. de 2022

Imersão e mentoria em gestão da escola G4 educação. Vale a pena o investimento? Depois que mostrei nas minhas redes sociais que estava em São Paulo para participar de um evento com grandes nomes do empreendedorismo brasileiro, comecei a receber mensagens de diversos amigos me fazendo tal questionamento, pensei até em fazer um informativo único contando a experiência e enviar pra eles, cá estamos. Além do conteúdo técnico minha principal expectativa era o aprendizado sensorial base da escola filosófica do empírica.




Essa imersão de três dias, inicia -se com a apresentação da escola e o seu método, em seguida, cada mentor apresenta sua aula, com seu tema definido num período de quase 5 (cinco) horas seguidas, entre uma aula e outra, diante do perfil da turma, composta por mais de 50 (cinquenta) empreendedores querendo desenvolver melhores resultados para suas empresas, acontece o networking empresarial, termo em inglês que define o compartilhamento de informações ou serviços entre pessoas, empresas ou grupos, para alguns, esse networking foi o momento ápice do evento.


Nos últimos dias acontece o mentoring, que se traduz no português como "mentoria", ou "apadrinhamento", é uma ferramenta de desenvolvimento profissional e consiste em uma pessoa experiente ajudar outra menos experiente. A turma é dividida em números menores e são formadas rodadas de perguntas e respostas para cada mentor. Em resumo, o evento se baseia em aulas, networking e consultoria personalizada através das "mentorias".


No empirismo, corrente filosófica defendida por nomes como John Locke e Thomas Hobbes, o seu embasamento é, que todo conhecimento humano deve ser adquirido das experiências sensoriais do indivíduo, desse modo, através de suas vivencias, sentimentos, impressões e percepções, o sujeito vai absorvendo saberes, consciência e aprendizado.


A união entre minha experiência no dia a dia das empresas, minha percepção de necessidade de mudança e a vivência proposta pelo evento da G4 Educação, foi o combo chave para identificar os pontos necessários de mudança dentro das áreas que desejo desenvolver na empresas e na persona Maria Lígia empreendedora. Com o término desse momento, já de volta pra casa, pude ter mais clareza sobre o que me levou lá. Não foi somente um ponto ou outro, sobre só fazer networking ou só ouvir os mentores, mas foi principalmente o todo, a minha experiência, do meu negócio e minha região, a parte técnica das aulas, as indicações de leitura, o envolvimento com os demais participantes e seus problemas, a consultoria em grupo e até frequência energética do ambiente. Concluo que, o investimento não só valeu a pena, como valeu o esforço, o preço e o que agora eu vou em busca, o resultado.

Referências

https://www.roberthalf.com.br/blog/carreira/networking-o-que-e-e-para-que-serve

https://crescimentum.com.br/coaching-e-mentoring-qual-a-diferenca/

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/filosofia/empirismo

 
 
 

Quando decidi ir a São Paulo, participar de um treinamento/curso de gestão empresarial, em fevereiro desse ano, eu não imaginava que o percentual de mulheres presente na turma seria de 10%, esperava pelo menos uns 30% de presença feminina. O meu primeiro contato foi quando a escola decidiu montar o grupo de whatsapp, para que todos se apresentassem, meu instinto primário foi verificar os contatos presentes no grupo pra buscar identificação, uma breve olhada pra encontrar pessoas em comum. A partir daí, comecei a notar a gritante diferença de gênero entre os participantes.


Confesso que além do sentimento de surpresa, cheguei a me sentir insegura, me questionei, onde andam as empreendedoras? As gestoras? As diretoras? As empresárias? Parece um pensamento ingênuo, por que tanta surpresa diante de uma realidade já tão explorada? Todos nós sabemos ou pelo menos suspeitamos que a diferença de gênero no mercado de trabalho empresarial é gigantesca prevalecendo em sua maioria o gênero masculino. Ao me apresentar através do grupo de whatsapp um dia e meio depois da minha inclusão, agradeci mentalmente a uma amiga publicitária por ter me dado a idéia de montar um cartão digital. Naquele momento essa apresentação mais organizada e visualmente mais interessante, me parecia ideal.


Há uns anos atrás estive como presidente da CDL Jovem Macapá e Santana, uma associação para desenvolvimento de jovens empreendedores, lá fui agraciada com a oportunidade de fazer grandes amizades com mulheres empreendedoras e também incluí-las em ambientes de gestão frente a essa comunidade associativa. Pensando sobre meu sentimento de surpresa pude observar, que se tornou comum meu convívio com mulheres gestoras, líderes, empresárias tocando seus negócios, uma experiência completamente pessoal que não reflete nem um pouco a realidade do mundo dos negócios.


Discuti sobre essa gritante diferença de gênero com diversos amigos e amigas, ainda sobre o efeito do sentimento "surpresa". Segui o barco. No ambiente do curso me colocando como aprendiz de todo conhecimento que fui buscar, independente do gênero, tive excelentes insights, momentos de aprendizado satisfatórios, consultorias incríveis, mas senti falta da identidade feminina, da correlação, senti falta da flexibilidade de diálogos, de encontrar diferentes iguais. Embora ao final do curso, me sentisse confortável com todo o ambiente e vivência, o incomodo persistia, principalmente por que não parecia justo a ínfima presença feminina. Eu acredito que a base de experiências enriquecedoras através de trocas se dá principalmente por ambientes mistos, com pontos de vista múltiplos.




A foto da capa que ilustra esse breve relato, representa um pouco do mundo que habito. Estou cercada de mulheres empreendedoras, empresárias, gestoras das suas carreiras, diretoras e lideres, quando estamos misturadas ao meio externo podemos ser poucas, mas não despercebidas, cada uma de nós esta preenchida da outra e isso nos motiva mesmo que aos poucos, a nos inserir nesse mundo de negócios ainda predominantemente masculino.


Na multiplicidade dinâmica da identidade feminina, onde há uma, há muitas. Podemos ser poucas, mas estamos presentes, e isso é um grande avanço. Finalizo esse relato feliz em saber que as empreendedoras/gestoras/diretoras/empresárias andam de mãos dadas comigo, estão em mim.

 
 
 
  • Foto do escritor: Maria Lígia Gomes
    Maria Lígia Gomes
  • 13 de jun. de 2022

Nosso grupo tem mais de 20 anos de experiência no comércio de piscinas de fibra, e afins, entre região norte e nordeste, foram sete lojas montadas, nas cidades de Santa Cruz do Capibaribe - PE, Caruaru - PE, Porto Velho - RO, Macapá - AP (na zona sul e filial na zona norte), Santana - AP e Manaus - AM, das quais duas operam atualmente loja Macapá e loja Manaus. São inúmeras visitas a lojas/lojistas de outros estados, participação em feiras do setor, contato constante com fornecedores do segmento (distribuidores/fabricantes) e o mais importante dos contatos, o cliente/consumidor.


Quando imaginamos que começamos a negociar quando o uso telefone celular era algo caro e pouco acessível e nosso modo de fazer pedidos, por exemplo, era através de aparelho de fax, observamos que muitas coisas mudaram, em pouquíssimo tempo. Dentre essas mudanças, posso citar algumas, como o design do nosso produto principal (piscinas), e o acesso a ele, o perfil do nosso cliente, a quantidade de fornecedores para os mesmos produtos, a apresentação dos produtos e o setor de marketing. A lista é longa, mas vamos por partes, e eu te convido a passear nessa viagem ao tempo junto comigo. Vamos?


Lá na virada do século (ano 2000) acreditava-se que o mundo ia acabar bem na hora que o ponteiro do relógio marcasse às 0 horas do último dia do ano 1999. Era muito falatório sobre isso e hoje, 22 anos depois,

percebemos que era uma grande inverdade, pois bem, diante da comunidade de novos lojistas de piscina de fibra que iam surgindo, cabe aqui lembrar que esse produto era algo novo, pouco popular e com pouquíssimas fábricas pelo Brasil, as piscinas da época eram em sua maioria, de concreto armado, que levavam semanas para conclusão da obra e era necessário um orçamento mais robusto, praticamente focado no público A e B, pensava-se que era um mercado extremamente instável, inseguro e finito, pelo menos, com certeza absoluta, posso revelar que esse era o sentimento dos lojistas da família, especialmente os irmãos do meu pai, um total de 6 lojistas que atuam no mercado nacional ate hoje.


Eram tantos os comentários a respeito disso que quando meu pai estabilizou a loja da cidade de Macapá (ativa até hoje), o seu primeiro investimento foi abrir uma loja no segmento de material de construção, lembro claramente que ele dizia:


"Piscina não vai "dar" muito tempo. A gente precisa de um outro negócio."

E assim o fizemos, além dessa nova empresa, investimos em uma cerâmica de fabricação de tijolos, aluguel de máquinas tipo retroescavadeira, aluguel de espaço para eventos, e vários outros pequenos negócios. Tudo isso, a fim de se precaver para o dia que piscina de fibra caísse em desuso.


Naquele momento inicial, não tínhamos noção de crescimento, de visão de negócio, e muito menos histórico de empresas do mesmo segmento que pudessem nos dar um norte sobre as expectativas de mercado.


Naquela época, anos 1997 até 2002, aproximadamente, os clientes compravam os itens de instalação da piscina de forma individual, exemplo a piscina é X, o filtro Y, a bomba Z, o que elevava o custo da piscina mas ainda assim a mantinha mais em conta que a de concreto armado, as negociações eram feitas baseadas em cheques pré-datados em sua grande maioria, poucas pessoas tinham acesso a cheque, era preciso um bom relacionamento com o banco, pra conseguir folhas de cheque.




Lembro que sempre que recebíamos um cheque olhávamos para o ano de abertura da conta, quanto mais antiga a conta, maior a certeza do pagamento, hoje o cartão de crédito assumiu o papel do cheque sem causar nenhum risco pro lojista, o número de fábricas de piscina de fibra era menor e por conseguinte o numero de lojistas nas regiões norte e nordeste também, o que provocava um número de oferta menor que a demanda, as lojas estavam se montando, se profissionalizando, era um aprendizado para grande parte dos novos lojistas.


Nos últimos 15 anos o crescimento relacionado ao segmento aumentou consideravelmente. Hoje em dia, numa cidade de 80 mil habitantes são encontradas facilmente, entre 4 a 6 lojas de piscina, ou pontos de vendas que representam determinada fábrica. Uma vez, numa viagem a passeio minha mãe contou quantos pontos de venda tinham entre a cidade do Rio de Janeiro até Arraial do Cabo e o número chegou a 40 lojas, ao qual ela desistiu de continuar a contagem.


Atualmente, com a facilidade da compra através do pagamento via cartão ou recebimentos via financiamento bancário, além de ofertas com promoções a cada data comemorativa do ano e briga de lojistas por novos clientes independente do lucro, é absolutamente possível uma família classe C, com imóvel próprio conseguir realizar o sonho de ter uma piscina em casa. Maravilhoso do ponto de vista do consumidor ? Nem tanto. Toda essa oferta e briga por preços mais baixos, a fim de se atingir um maior número de clientes pode reduzir a qualidade do serviço e do produto, o que muitas vezes, passa despercebido pelo cliente.


A palavra commodity, basicamente quer dizer, qualquer produto produzido em massa, onde parece um exagero pensar no mercado de piscina se enquadrando nesse movimento, principalmente diante de tanta diferença social, o objeto de consumo, desejo e sonho continua o mesmo, cada vez mais os públicos A e B desejam piscinas mais elaboradas, sofisticadas e os demais desejam realizar o sonho de ter uma piscina, não importando necessariamente o formato, ou marca, ou até mesmo qualidade, o que importa é caber no orçamento.


Ainda teremos muitas mudanças nos próximos 20 anos, talvez ainda inimagináveis, mas cabe lembrar que assim como o mundo não acabou na virada do ano 2000, o negócio de piscinas de fibra, tem se tornado cada vez mais crescente e concorrente. Desejando atuar no ramo por mais uns 20 anos, me sinto feliz com a projeção errada que meus tios e pai fizeram há anos atrás.

 
 
 
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